25.8.04

Os sentidos

As mãos sentem
a textura impressa na pele do rosto
sobre os esboço do crânio
abaixo desta.

Os olhos omissos
escondem-se em buracos escavados
atrás de portas e portões
(as palpebras e mão respectivamente)
meticulosamente trancados.
Assim, isolados no escuro, fingem segurança.

Resta aos ouvidos e às narinas
o trabalho de interpretes de tudo
o que estiver fora da alçada da língua.

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Tenho escrito muito sobre mulheres. Elas me cansam! Elas são refratárias a qq explicação q se queira dar. Não q os homens sejam muito melhores nesse sentido! É na natureza dos sentimentos q nutro por mulheres onde reside o gde complicador. A Guerra dos Sexos é, afinal, uma empresa sentimental.

Esse texto foi escrito noite passada. Saiu de primeira e tive bem pouco trabalho de edição. É, de certa forma, uma fotografia... Parti da imagem de uma pessoa com os as mãos sobre o rosto para desconstrui-la nas informações sensoriais da personagem. Cubismo poético!

Só não perguntem muito sobre a última estrofe... não sei ao certo onde esse sujeito andou metendo a língua!

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