20.3.07

Essa tal felicidade

Deu no Economínimo. Um estudo de economia tabulou resposta de 16 mil norte-americanos para tentar descobrir os fatores que influem na sensação de felicidade -- mais especificamente sobre as correlações aquela, o dinheiro e o sexo. Obviedade das obviedades, os doutos comprovaram que uma manter uma vida sexual ativa tem grande peso na hora de alguém se declarar como uma pessoa feliz. O que me levou a escrever esse post é que lá pelas tantas o José Paulo Kupfer resume:
O americano médio típico, acima de 40 anos, que se declara feliz, segundo a pesquisa, mantém de duas a três relações sexuais por mês e, ao longo dos últimos dozes meses anteriores à pesquisa, teve um único parceiro.
Duas conclusões se impõem:
1 - Tem gente que se contenta com pouco.
2 - Sou mais feliz do que imagino!

19.3.07

Papas da língua

Vá lá que é assunto velho -- mas, até aí, esse blog semi-defunto também o é --, mas vale o registro de que dois dos pesos pesados da blogosfera profissional registrada em nossa inculta e bela flor do Lácio andam se olhando torto: Pedro Dória (No Mínimo) e Reinaldo Azevedo (ex-Primeira Leitura e atual Veja). Tudo por conta das cismas de Bento XVI a respeito das segundas núpcias alheias.

"Ratzinger falou 'praga'", diz o primeiro.

"Sua Santidade queria dizer 'chaga'", arenga o segundo.

Se alguém acha essa uma discussão bizantina, há aqueles -- eu no meio -- que concordam! Talvez seja possível resolver essa arenga diretamente do atual locatário do Trono de São Pedro durante o tour que ele fará por essas bandas logo mais (diz-se por aí que o moço já encomendou toda uma leva de óculos escuros Serengetis e sapatos Prada para a ocasião!).

O fato é que tudo somado, tudo dividido, O P. Dória acerta quando diz que não tem a menor importância se a praga é chaga é se praga é chaga. O que interessa é que, ao mobilizar suas hostes de papa-hóstias contra a mui consagrada instituição do divórcio, ele elevou o tom do reacionarismo que já corre à farta pelos encanamentos da Santa Sé. Acompanhada da tão comentada, porém mais simbólica do que prática, apologia à missa em latim acompanhada de cantochões gregoriano, tudo parece indicar que o sonho dourado de Bento é passar uma borracha sobre revolução dos costumes que vêm da segunda metade do século passado para cá. E, depois, os bárbaros são os outros.