25.8.04

Silencio...

O Si-lên-cio.
Qdo estendido por muitos segundos entorpece a mente hiperativa do] [homem urbano acostumado ao
BARULHO!

O silêncio
é a paz
de quem não tem nenhuma.

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"P-P-Por h-hoje é só p-p-pessoal!", Gaguinho.

O dia (ontem) foi longo. Quatro poemas: A Pantera, Os sentidos, Salto da palavra e Silêncio... P compensar os dias q fico sem postar.

Esse texto foi inspirado em "O Silêncio" de Arnaldo Antunes... estava cantando a versão musicada do poema e resolvi acrescentar algo de meu ao tema. Obviamente não quero me equiparar ao AA (seria muita petulância!) e qq comparação entre esse poemete capenga e aquele q, indiretamente, o sugeriu é uma verdadeira injustiça p comigo.

Aliás, sou só eu, ou mais alguém aí fora acha a idéia de musicar "O Silêncio" um verdadeiro paradoxo. Não estou com muita paciência p fuçar o site do AA então não sei dizer se o texto surgiu como poema ou como letra... Não q isso importe... Aliás não importa nada, absolutamente nada...

... é melhor calar a boca...

Salto da palavra

Uma palavra
precariamente esquibrada
na beirada do abismo.

À partir do mirante da boca
vistoria o mundo grande.
Suspira por ele.
Flerta com com a morte,
a fala da qual não se volta.

E salta.

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Tb de ontem a noite. Achei a idéia singela. Especialmente depois de passar algumas horas lendo sobre teoria do discurson... Toda essa história de q "somos falados pelo discurso" deixa tão pouco p o indivúduo! Onde eu termino e onde (pelo amor de Deus) começam as terras devolutas da sociedade?? Maldita lógica relacional.

Nesse sentido, a semiótica é uma verdadeira lição de humildade. Deveriam ensinar um pouco de Saussure durante o catecismo. P complementar (e ajudar a compreender) o Novo Testamento!

Essa palavra personagem, doidinha pela enunciação. Creio q ela (por ser palavra isolada) deve ser pte de algum "ato falho".

Os sentidos

As mãos sentem
a textura impressa na pele do rosto
sobre os esboço do crânio
abaixo desta.

Os olhos omissos
escondem-se em buracos escavados
atrás de portas e portões
(as palpebras e mão respectivamente)
meticulosamente trancados.
Assim, isolados no escuro, fingem segurança.

Resta aos ouvidos e às narinas
o trabalho de interpretes de tudo
o que estiver fora da alçada da língua.

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Tenho escrito muito sobre mulheres. Elas me cansam! Elas são refratárias a qq explicação q se queira dar. Não q os homens sejam muito melhores nesse sentido! É na natureza dos sentimentos q nutro por mulheres onde reside o gde complicador. A Guerra dos Sexos é, afinal, uma empresa sentimental.

Esse texto foi escrito noite passada. Saiu de primeira e tive bem pouco trabalho de edição. É, de certa forma, uma fotografia... Parti da imagem de uma pessoa com os as mãos sobre o rosto para desconstrui-la nas informações sensoriais da personagem. Cubismo poético!

Só não perguntem muito sobre a última estrofe... não sei ao certo onde esse sujeito andou metendo a língua!

24.8.04

A Pantera

Aonde essa garota vai,
assim tão decidida?
Os olhos castanhos
brilhando numa fome infinita
quer comer o mundo
cru e quente
enquento ainda está suculento.
Hoje não há tempo
que a hora do almoço só tem 30 minutos
e é preciso ir ao banco
resolver um assunto...
Sempre com passos muito firmes (firmes, mas nunca duros!),
da mesma firmeza elegante
demonstrada por uma pantera à caça.
Ela investe e alcança
derruba e abate o que queira
e quando escolhe.
Quanto a mim, mero homem,
olhos cobertos de dúvida e o coração perplexo
a quem foi dado vê-la em ação e em repouso
permaneço embebido na visão
e apenas faço seguir a lógica das coisas

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Esse texto foi produzido hoje de manhã, mas surgiu a partir de uma série de recortes em observações, diálogos e processos q vêm se desenvolvendo ao longo dos últimos meses. O texto as consolida e sistematiza experiências, uma espécie de sumário. Não há muito o q explicar sobre o texto em si -- fala sobre uma mulher muito impressionante, obvio não?

Na verdade tive que reproduzi-lo a partir de um rascunho pq a versão final estava numa folha de papel solta q acabou ficando por aí... As diferenças, contudo, não são nada de tão drástico.

23.8.04

Um beijo em perspectiva

Guardo em alta conta
a memória de um beijo em particular.
Saldo dos meus anos perdidos,
os meus 25 anos perdidos.

Dele (do beijo) ficou somente o ato em si:
algo do gosto que ainda me enche a boca;
um cheiro meio persistente;
o conforto macio que o tato registrou
naquele choque entre lábios...
Pode ser que haja também outras evidências
sobre o corpo dela,
a pressão ou o calor trocados durante o abraço
(parêntesis que envolveu aquele instante).

Da portadora do beijo,
só persiste na forma da seguinte conclusão:
se houje o beijo, logo ela esteve lá.
No mais, nada resta
que ajude a montar um retrato aproximado...
nunca soube o nome
e o rosto -- por falta de uso -- se apagou da memória,
como até as estrelas se apagam um dia.

Hoje, ela subsiste encantada,
uma fêmea-fantasma
definida pelos indícios duma ausência
algo ostensiva.
Ela espreita das esquinas da cidade adormecida,
ocupando um posto em minha visão periférica
sem jamais entrar em foco.

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Outro dia lembrei meu primeiro beijo (algo num texto q li soprou involuntariamente minha memória naquela direção)... [FLASHBACK] Carnaval! EBA! Um daqueles blocos de rua (dos q não existem mais em Santos)! Gente a rodo e uma versão minha (bastante adolescente e um pouco alcoolizada) q se viu obrigada dar passagem a um bando de garotas... Passaram em fila indiana. Repentinamente uma delas passa a mão pela minha nuca, me puxa e me lasca um beijo. [/FLASHBACK]

Foi rápido demais! Só tive tempo p constatar q era realmente uma garota (dado fundamental) e, em termos gerais, o q ela pretendia. De resto não foi possível registrar nada: rosto, cor dos olhos, cabelo ou formas do corpo. Uns amigos

Tudo q sei é q ela tinha lábios muito macios!

20.8.04

O Fogo e o fogo

Tem fogo,
nesses olhos
tem fogo.
Eles têm!
E nesse corpo?
Nele também.

Carne labareda
tosta paredes
engole lençóis
devora alma
dos amantes.
Ardem tanto,
queimam alto,
consomem tudo!
Depois apagam.

Pro cigarro,
tem fogo?
A pedra trisca,
mas o isqueiro falha.
Não tem, não...

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Acho q um pouco da idéia p este texto veio daqui. É o site oficial + blog de uma garota de programa q foi, recentemente, assunto de uma reportagem do Pedro Doria para o nominimo. O P. Doria, p quem não conhece, é o rei do meme no webjornalismo brasileiro. Ele dá notícias de todo o tipo, muitas delas da mais relevante desimportância. Chego a ter certa inveja dessa liberdade!

O texto em si não tem nada a ver com a tal "Bruna", nem com as coisas q a menina fala no blog. Só foi meio inevitável fazer algo nesse sentido depois de ler ptes do diário da moça. Tlvz deva escrever algo mais específico, usa-la como um personagem propriamente dito. É, tlvz.

Ahhhh sim! O título é vagamente inspirado num conto do Júlio Cortazar...

19.8.04

6:00 am

Sono boêmio pega em armas
boceja seu grito guerreiro
contra a monotonia cacofônica
em formação e marcha.

Invasora sorrateira e insistente
dos minúsculos espaços
ainda possíveis à quietude pessoal
nos depósitos de contreto
onde se estoca carne humana.

Resistência desesperada
que minha preguia impõe
horrorizada às engrenagens
e ao horário do rush matinal

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Uma pqna consideração/divagação sobre a dificuldade de pegar no sono às 6:00 da manhã contra um trânsito dos infernos. Gostaria muito q o ser humano tivesse evoluído de alguma espécie notívaga, mas os malditos macacos tinham q ter algo de pessoal contra a diversão.

16.8.04

Casa de futuros possíveis

Por todo o caminho que conduz
à casa dos futuros possíveis
expalharei, com máximo zelo,
marcas que você saiba seguir.
Quando saudade ou curiosidade
bater nos nós da memória. Venha!
Conhecer o espaço em construção
onde mora o pedaço de vida
que sobrou quando você disse: Não!
Quis que viesse me ajudar,
juntos colonizaríamos outra gleba
nas geografias biográficas infinitas.
Você ficou. Mas eu, explorador da vida,
tive que formar nova expedição.
Gente outra partindo comigo
para este novo lugar escondido,
prenhe de tanta possibilidade
que não cabiam em nossos olhos de hoje,
mas queimavam na imaginação.
Na minha com brilho dourado.
Na sua com luzes de velório.

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Esse texto é uma cifra de alta criptografia e chave privada (creio q três pessoas apenas saberiam ler a msg por trás da msg -- e uma delas, provavelmente, nem vai chegar a vê-la). Para o "você" do texto digo q não gostaria q as coisas tivessem chegado onde chegaram e q escritas anteriores sobre uma outra casa (esse feita de passados) em Mongaguá continuam sento válidas hoje... tlvz não no sentido antigo, mas no sentimento de sempre. Amo vc "anjo-menina", mas não consigo entender esse medo q te corroi, qto menos compartilha-lo. Isso seria estuprar a mim mesmo.

Esse texto me tomou dois dias p ser escrito (bem mais q minha média de produção usual... tlvz por isso eles sejam tão ruins!) pq as vezes eu tinha q dar paradas p pensar, fumar ou respirar... não q o tema seja tão intelectualmente denso. Sentimentalmente falando foi bem mais complicado.

12.8.04

Suicídio?

Um coração
à 132 Km/h
espatifou-se contra um poste.

"Estava alcoolizado (...)
acabou perdendo o controle.",
lia-se nos laudos
que um burocrata fez publicar sobre o caso.

Acrescentou ainda
os trágicos passamentos de:
- 1 cérebro;
- 2 pulmões (em nem tão bom estado);
- 1 fígado;
- 1 baço.

Como nota de rodapé
anotou indiferente:
"(...) as estatísticas revelam que todas as vítimas eram jovens."

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Esse é um texto bastante velho q reencontrei e reescrevi hoje... Gosto qdo esse tipo de coisa acontece... Registro tb q continuo procurando pelo bom e velho "Lucas" (um personagem recorrente -- e algo autobiográfico -- q costumava dar as cara nos textos de alguns anos atrás)... faz um tempo q não o vejo (nem o personagem nem os poemas)... Se ele passar pela rua, avise q ainda estou por aí e falem desse blog...

Qto ao texto de hoje?? Bom, antes de mais nada ele é puramente ficcional, uma mistureba de metáforas orgânicas, metonímia e alguma referência à Kafka na figura de um (ora! mas quem diria) burocrata.

11.8.04

Meditação

O corpo livre
solto na dança
conspira movimentos
parceiro somente
de si mesmo

Relampagos em sucessão
Trovões de repetição
Outros corpos em vagalhão

O coletivo excitado da pista é
composto de simultaneidades superficialmente sociais.
Tudo falso, fogo fátuo, ouro de tolo.

Realidade é:
Você está sozinho no nirvana...

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Sonhei q estava numa disco e dançava... Lembrei de escrever algo sobre o assunto... Não gostei muito do resultado, mas fica como registro...

9.8.04

Déjà Vu

Durante nossa conversa (a)fiada,
de pé de ouvido,
lembro instantaneamente de você
na exata imagem de agora
e que conversáramos
das mesmas coisas
tudo misteriosamente igual:
falas, figurinos, objetos de cena.
Alvos de meticulosa continuidade.
Como se tudo não passasse
da remontagem duma peça
originalmente encenada
num passado que remetia
ao mais recente segundo da eternidade inteira.

Saturado do paradoxo,
ouço as palavras trocadas
entre meu ouvido e sua boca (ou vice-versa)
soarem no agora e no antes (ou vice-versa).
Algum efeito especial (deux ex machina!)
-- um eco (eco) (ec.) (e..) (...) --
que desbobra o presente,
cortando-o em dois.

É como se o diálogo
flexionasse a espinha
para abraçar seu gêmeo
por sobre o muro que o cartesianismo
erigira na beirada do tempo.

Nítidamente visível,
o passado bisbilhoteiro
encara (cara a cara) (olho no olho)
o presente falastrão.
Mutuamente desconfiados
de vulgar plagiarismo,
sem coragem, contudo, de acusarem-se
tal a perplexidade
de encontrarem-se
nos termos
da efusão divertida
desta nossa palestra
embalada sob efeito de vodka(s).

Dose dupla sobre dose dupla. Excesso!

Guardo inteiro,
para cismas posteriores,
aquele dos dois instantes simultâneos
devido à falha técnica
(à faixa arranhada nos discos de minha memória).
O outro, que é de consumo imediato,
compartilho infinitamente contigo.

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A idéia p esse texto nasceu indiretamente de uma conversa q tive há nem tanto tempo numa mesa de bar. Falamos especificamente sobre déjà vus e de outras coisas q se sucederam rápida e absurdamente em gdes elípses (desde constatar q certo tiozão se parecia muito com o Seu Madruga até assuntos relativo ao Big Brother Brasil 2)... Isso foi tornando o diálogo crescentemente insólito (e divertido) até q já ríamos de nós mesmos.

Saí de lá com a decisão tomada de transfomar aquele diálogo (ou pte dele) num poema ficcional. Espero q o esforço não tenha sido apenas caos e cacofonia.

E paro de me explicar antes q soe como algum Carlos Argentino da vida (ontem reli o Aleph de Borges)...

5.8.04

Cão de Guarda

Bruto,
o cão
cheio de raiva
late, uiva, ladra, rosna
& avança
contra a grade
uma,
duas,
três,
muitas vezes.

O cão
quer o pescoço dos homens
--eles lhe ferem os olhos--
na boca
bem apertado.
Degustar o sangue
dos bichos delgados
que ignoram
o desafio lançado.
Covardes!

O cão
nunca tem medo,
porque só cabe ódio
& músculos & dentes
na sua estrutura
sólida
pesada & escura

Barulho,
aaaaaabarulho,
aaaaaabarulho...
o cão faz
o dia inteiro,
iiiiiiiiiiiinteiro,
iiiiiiiiiiiinteiro...
a noite inteira,
iiiiiiiiiiiiiiinteira,
iiiiiiiiiiiiiiinteira...
O tempo todo...

À exasperação.

Protesta contra a grade
a coleira
tudo o que limita
seu raio de ação
seu projeto de ataque
ao inimigo
logo ali.

Falta água
& comida &
sobra sol
tempo de guerra,
disciplina espartana.

Alerta constante
o cão
cercado
de gente
muita gente
de tudo que é lado,
"parece formiga".

Late, uiva, gane, ladra, rosna
pronto para briga.

Acumula na saliva,
estoca na garganta
um potencial de mordidas
já de muitos anos.

"A hora virá",
sabe com certeza
bruta,
a hora virá de surpresa
& haverá luta.

Ele então,
o cão,
tremendo nervoso
aguarda
de guarda alta.

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Minha vizinha mantém um Rottweiller em cárcere privado. Um bruta cachorro imenso constantemente trancado entre as grades do "corredor" formado pela lateral da casa dela e o muro q divide seu terreno com o do vizinho. Um bruta cachorro q vive num espaço de uns 2m de largura por uns 3m de comprimento. Nunca vi ele fora daquele corredor, isso me dá pena. Mas o cachorro late e late e late o tempo todo... de noite ou de dia ele late... Isso me dá raiva, embora eu tenha consciência q ele tem mais raiva ainda qdo me vê passar do outro lado das grades.

Ok... aquele cão me irrita... quase tanto qto esse maldito "editor de texto"... queria uma formatação especial naquelas repetições da 3ª estrofe (algo como já fiz em Fouetté), mas o editor muda o q fiz por conta própria (tlvz ele tenha ganas de crítico literário)! Por isso tive q acochambrar tudo e apelar p uns caracteres em branco... caso vc selecione o texto eles vão aparecer, não ligue p eles... e se quiser copiar o texto p algum lugar apague os dito cujos sem dó.

4.8.04

...

Entre aquele
e aquela
um vão,
fosso intransponível
preenchido com a matéria
de que são feitas as reticências...

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Fazia um tempo q não escrevia "pílulas" (se bem q esse aí é praticamente uma drágea)... a idéia por trás dele é bem simples... um cara e uma garota, algo a ser dito mas q fica sempre no ar seja lá por q motivo for... Aposto q muita gente conhece a sensação... se vc já gostou da namorada de um amigo, se já se descobriu repentina e perdidamente apaixonado por aquela sua amiga especial ou se, simplesmente, caiu de amores pela garota com quem vc sabia q jamais rolaria nada... Bem vindo ao time! Provavelmente se formassemos um sindicato seriamos maiores q a Força e a CUT juntas...

Ahhhh sim... Apesar de eu gostar da idéia q permeia o poema devo admitir q ela é bem simples e ficaria bastante surpreso caso ninguém tenha feito algo parecido antes... se for o caso não foi um "plágio" intencional, basta avisar e eu tiro do ar...

Marujos

Aceso o farol brilha
apagado já não
a verdade da ilusão
feita de chegadas e reencontros
resumida num rochedo

Dente canino do oceano
que mordeu forte as canelas do barco
partindo os ossos de pau
e mastigou a carne de madeira
dos corpos marinheiros a deriva
adernados da vida

Ontem tripulação
hoje vagabundos preguiçosos
que nadam no azul
desfrutam do sol
aproveitam a brisa salgada
finalmente turistas
podem brincar no mar
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Não há um motivo p ter escrito isso... simplesmente o primeiro verso surgiu em minha cabeça já emendado no segundo... o resto foi emergindo aos poucos... aqui e ali...

No fundo, acho q o texto fala sobre a questão do trabalho. Esse monstrinho sacana q nos suga a vida de canudinho... não q eu seja 100% favorável ao ócio total (não teria criado esse blog se fosse esse o caso), mas tlvz tenhamos ido um pouco longe d+ no tal capitalismo selvagem. Ahab (q não chega a aparecer no texto, embora goste de pensar q o capitão fosse algo parecido com ele) hoje é um executivo MBAzado q fustiga seus marinheiros gritando "eficiência" sempre atrás de um certo Mercado Baleia Branca...