A roda roda sempre
e o começo não começa
e fica sem fim o final.
Que a natureza da roda
é definida pela continuidade
de um processo indistinto.
O norte corre sob meus olhos,
escorrega pela tangente
atirado fora do alcance.
Espedaça-se contra as paredes.
O movimento de roda
mecânica bruta
não espera que o ar
encha meus pulmões de fôlego
antes de força-lo para fora
num suspiro de assombro.
A vertigem é a única virtude válida.
A roda nunca pára
para mim
para você
para quem quer que canse e pare
e desça, em definitivo, desse carrossel.
Duvida?
Medo?
Besteiras!
Enfie um sorrizo de través no rosto.
Assobie uma cantiga de ciranda.
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Esse saiu um bocado de improviso. Tentei escrever um texto de fim de ano. Acho q não fui lá muito bem sucedido. Não importa, estou assobiando uma cantiga de ciranda... Feliz Natal. Bom 2005 (pq o ano não é novo nem velho).
Abraços aos parcos leitores. Amores ao meu amor.
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