pelo copo ter caído da mesa
queda livre em câmera lenta
triplo mortal antes do chão
onde, de pronto, partiu-se.
Multitude de estrelinhas em disparada
compondo caleidoscópio de luz cortante
Poucas vítimas
- nenhuma fatal -
destes bastardos filhos do descuido,
elas sentem dores e vertem sangue.
Empático, me envergonho e enrubesço
sem compartilhar no sofrimento que causei,
contudo, acrescentado ao acervo particular
que carrego sempre comigo.
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Madrugadas são feitas p escrever. Talvez por causa do silêncio. Talvez pq sempre me sinta solitário depois das 2h. Talvez pq tenha engolido o clichê do "poeta sonâmbulo" como um peixe engole o anzol... Este texto é o de ontem (venho procurando manter a saudável média de um por dia, na esperança de q a máxima "quantidade gera qualidade" dê as caras no fechamento do balancete anual).
O poema trata do q ele trata e pto final. Acho q ninguém precisa de treinamento formal em análise semiológica do discurso p compreender as pqnas culpas.... aquelas pqnas bobagens se acumulam até surgirem - como um Fantasma do Pai de Hamlet da tragédia sem graça - p reclamar por vingança. Em geral minha resposta seria "oi, é comigo meu Sr??"... Mas, ontem eu resolvi escrevê-las.
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